Os meus rituais de emigrante mais marcantes e frequentes são os seguintes:
- Viajar com malas vazias ou dentro umas das outras.
Se for de visita apenas num fim-de-semana, 50% da minha mala de cabine vai vazia! Há que deixar espaço para trazer uns chouriços, queijos, pão, caldo verde… essas coisas boas que cá não há.
Se ficar por mais tempo, a mala de porão vai garantidamente vazia e volta cheia…
- Combinar a periocidade das visitas com idas ao cabeleireiro
De certeza que na cidade onde moro há bons cabeleireiros, mas também sei que só confio num onde ir! E calha ser em Portugal… Pancadas, eu sei, mas não há nada a fazer! Só corto o cabelo em PT, period!
- Ouvir piadas do pessoal da segurança dos aeroportos assim que lhes digo o que trago na mala
Já perdi a conta ao número de vezes que me perguntaram se o caldo verde já tava feito, ou se levo os pasteis de Nata ou de bacalhau… Coisas desse género. Sempre temos uns 2 minutinhos de conversa e lá me desejam boa sorte, boa viagem e até breve.
- Dar o discurso de emigrante ao pessoal do balcão de check-in na esperança de não me ser cobrado nenhuma taxa extra pelo excesso de peso (as garrafas de vinho pesam que se fartam!!!).
True story… não vale a pena! Isto de querer trazer o Jumbo, Pingo Doce e o Continente inteiros dentro da mala dá quase sempre chatice. Chego até a deixar coisas para trás (em casa da minha mãe) para evitar ainda mais kg extra. Chegou ao ponto de me dizerem no check-in que não valia a pena fazer “carinha de cachorro abandonado”. Também não tive que pagar extra pelos quase 3 kg a mais!! Hahaha Já inventavam umas garrafas de vinho ultra leve…
- Dou por mim embasbacada a olhar para as bancadas nos mercados/supermercados
Não gozem! Só quem já visitou um supermercado normal aqui na Holanda é que vai saber do meu suplício…. #dramademigras